Periódico de Acesso Aberto
0.4
Indexada na
SCOPUS
B3
2017-2021
quadriênio
Tecnologias e Estudos Ambientais | v. 10 n. 2 (2022)
Cinara Wanderléa Felix Bezerra Luciana de Matos Andrade
Informações do autor
Informações do autor
Graduação em Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1995). Mestra em Oceanografia Biológica doutora em Ciências Biológicas (Zoologia). Atualmente é professora Associada 2, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada-PE Tem experiência na área de Zoologia (com ênfase em Etnozoologia e Bioecologia de crustáceos decápodos) e Saúde Pública, tendo como linhas de pesquisa: saúde pública, estudos sociodemográfico-ambiental, conhecimento tradicionais e ensino de Ciências e Biologia. Ministra as disciplinas de Zoologia C, Fundamentos de Oceanografia, Limnologia e Biologia Aquática e Educação Ambiental. Membro Titular da Comissão de Avaliação de Progressão Docente (CAPD) (2018-2020) e do Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas da UAST/UFRPE.
Publicado em junho 15, 2022
O presente trabalho teve como objetivou realizar um estudo sobre a artropodofauna de serapilheira, com ênfase na riqueza e diversidade de artrópodes dos ambientes de mata ciliar e de caatinga em região semiárida de Pernambuco. O estudo foi realizado no Parque Estadual Mata da Pimenteira (PEMP), Serra Talhada-PE. As amostragens ocorreram em março e outubro de 2017, utilizando-se o método de quadrado para coleta da serapilheira, posteriormente submetida ao mini-extrator de winkler por 48h, sendo realizada também uma triagem manual, em que os indivíduos foram separados em morfoespécies, armazenados em frascos plásticos devidamente etiquetados e conservados em álcool a 70%. Este inventário faunístico da serapilheira catalogou 1.945 indivíduos para o PEMP distribuídos nos seguintes táxons: Acari (83,60%), Blattodea (3,39%), Coleoptera (3,39%), Araneae (3,35%), Hymenoptera (1,49%), Diplopoda (0,72%), Thysanura (0,46%), Pseudoscorpiones (0,43%), Diptera (0,31%), Hemiptera (0,21%), Opiliones (0,21%), Orthoptera (0,15%), Embioptera (0,10%), Scorpiones (0,10%) e Chilopoda (0,05%). A riqueza de morfoespécies da artropodofauna do PEMP é alta para a mata ciliar, com índice de dominância baixo, expressando alta diversidade para a mata ciliar e média diversidade para a caatinga, com alta equitabilidade. As seguintes variáveis ambientais: umidade relativa, temperatura da serapilheira, altura da serapilheira e o percentual de cobertura do dossel sofrem mudanças significativas conforme as estações do ano e os ambientes de mata ciliar e de caatinga, que possivelmente devem estar regulando a biodiversidade dos artrópodes da serapilheira. Com base no levantamento faunístico, evidencia-se que Acari foi o táxon mais abundante e com dominância alta, o que aumenta a probabilidade de ser escolhido ao acaso nos ambientes de mata ciliar e de caatinga, fato este que caracteriza a comunidade com elevado grau de concentração. Contudo, sugere-se que novas pesquisas com esta temática sejam realizadas, com intuito de ampliar os conhecimentos a respeito da biodiversidade da artropodofauna de serapilheira nos diferentes ecossistemas.