Periódico de Acesso Aberto
0.4
Indexada na
SCOPUS
B3
2017-2021
quadriênio
Meio Ambiente e Ciências Sociais | v. 11 n. 3 (2023)
Cláudio Jorge Moura de Castilho
Informações do autor
Bacharel, Licenciado e Mestre em Geografia.
Doutorado em Geografia Organização do Território Urbanismo.
Pós-Doutorado em Economia, Sociedade e Meio Ambiente.
Publicado em julho 06, 2023
R E S U M O
Este artigo constitui um esforço de contribuir para a construção de uma ciência-ambientalista-libertadora para o que, acreditamos, urge retomar caminhos trilhados por pensadores clássicos que sempre estiveram comprometidos com um novo projeto civilizatório de mundo. Nesta perspectiva, o escopo central do escrito foi fazer uma reflexão sobre a obra de Josué de Castro (JC) como um cientista-ambientalista precoce que, fundamentado na sua experiência existencial vinculada a uma região “subdesenvolvida”, pode contribuir, ainda nos dias atuais, para uma práxis ambientalista-libertadora a partir do – e para – o Terceiro Mundo. A hermenêutica foi a ferramenta metodológica escolhida para a concretização do objetivo proposto, notadamente, pelo suporte que deu à interpretação dos textos de JC selecionados para a reflexão ora proposta, por meio da qual conseguimos apreender a significação, o sentido e os valores constantes do seu conteúdo. O que se fez de grande valia para retomar os fios condutores do processo de mudança ambiental no âmbito de um modelo de mundo que insiste em destruir a natureza e fragmentar as relações sociais de caráter comunitário. Uma das contribuições essenciais deste escrito consistiu na constatação de que somente uma postura metodológica inter(trans)disciplinar, no âmbito de uma ciência politicamente engajada empaticamente nos problemas da classe trabalhadora, como a de JC consegue entender o mundo como uma totalidade complexa em permanente movimento histórico, abrindo brechas e caminhos capazes de concretizar as possibilidades vislumbradas de construção de uma racionalidade comprometida, pelo menos, com a ética universal do ser humano.
Palavras-Chaves: Desenvolvimento, Ciência, Desigualdades Socioterritoriais, Região Nordeste.
Josué de Castro: la actualidad de un científico-ambientalista precoz a partir de la experiencia del subdesarrollo en su región
R E S U M E N
Este artículo constituye un esfuerzo por contribuir a la construcción de una ciencia ambientalista-liberadora para la cual, creemos, es urgente retomar los caminos recorridos por los pensadores clásicos que siempre se han comprometido con un nuevo proyecto civilizatorio mundial. En esta perspectiva, la meta central del escrito fue reflexionar sobre la obra de Josué de Castro (JC) como un científico-ambientalista precoz que, a partir de su experiencia existencial vinculada a una región “subdesarrollada”, puede contribuir, aún hoy, a una praxis ambientalista-liberadora desde y para el Tercer Mundo. La hermenéutica fue la herramienta metodológica escogida para lograr el objetivo propuesto, sobre todo por el apoyo que dio a la interpretación de los textos de JC seleccionados para la reflexión aquí propuesta, a través de los cuales pudimos aprehender el significado, el sentido y los valores constantes en el contenido de su obra. Esto fue de gran valor para retomar los hilos conductores del proceso de cambio ambiental en el marco de un modelo de mundo que insiste en destruir la naturaleza y fragmentar las relaciones sociales comunitarias. Uno de los aportes esenciales de este escrito fue la constatación de que sólo una postura metodológica inter(trans)disciplinar, en el ámbito de una ciencia políticamente y empáticamente comprometida con los problemas de la clase trabajadora, como la de JC, logra comprender el mundo como totalidad compleja en permanente movimiento historico, abriendo brechas y caminos capaces de realizar las posibilidades vislumbradas de construir una racionalidad comprometida, al menos, con la ética universal del ser humano.
Keywords: Desarrollo, Ciencia, Desigualdades Socioterritoriales, Región Nordeste.