Revista Brasileira de Meio Ambiente

Periódico de Acesso Aberto

CiteScore

0.4

Indexada na
SCOPUS

QUALIS

B3

2017-2021
quadriênio

Idioma

Revista Brasileira de Meio Ambiente

e-ISSN: 2595-4431


Resumo

A laranja (Citrus sinensis) é a principal cultura do gênero citrus, sendo uma das principais frutas que compõem a pauta de exportação do agronegócio brasileiro. Dentre as principais cultivares de laranja, a variedade ‘Pêra’ é a de maior importância no Brasil pelo fato de ter um alto rendimento e qualidade de seu suco. A produção de laranja orgânica no estado de São Paulo é destaque nacional, e essa tecnologia vem se difundido no restante do país e a maior dificuldade desse crescimento é a falta de conhecimento científico. Diante disso, objetivou-se avaliar os atributos físicos e físico-químicos de frutos de laranja cultivar ‘Pêra’ cultivada em sistema orgânico e convencional em condições de clima semiárido no município de Juazeiro-BA. As amostras foram adquiridas em estádio de maturação maduro, C3–Laranja predominante, no mercado local. Os frutos foram avaliados quanto à os atributos físicos de: massa fresca, diâmetro equatorial e longitudinal e rendimento do suco, o suco dos frutos foram avaliados quanto ao pH, acidez titulável, sólidos solúveis, ratio, vitamina C e cor (L*, a*, b*). Os frutos cultivados em sistema orgânico apresentaram maior rendimento de suco, ou seja, maior aproveitamento, e mais desejado será pela indústria. O cultivo da laranja em sistema orgânico em condições semiáridas do interior da Bahia, proporcionou maior ratio e menor acidez no suco dos frutos, quando comparado ao suco dos frutos cultivado em sistema convencional, entretanto não houve diferença quanto o teor de sólidos, pH solúveis e vitamina C. Os frutos produzidos em sistema convencional apresentaram uma cor mais amarelada na polpa, quando comparados aos frutos produzidos em sistema orgânico.

Referências

  • AGOSTINI, J. P. Manejo integrado de enfermedades de los frutales cítricos. In: SOZZI, G. (Ed. Lit.). Árboles Frutales: Ecofisiología, Cultivo y Aprovechamiento. 1. ed. Buenos Aires: Editorial Facultad de Agronomía – Universidad de Buenos Aires, 2007. p. 481 – 511.
  • AMARANTE, C. V. T.; STEFFENS, C. A.; MAFRA, A. L.; ALBUQUERQUE, J. A. Yield and fruit quality of Apple from conventional and organic production systems. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 43, n. 3, p. 333-340, 2008.
  • ARRUDA, M. C.; FISCHER, I. H.; ZANETTE, M. M.; SILVA, B. L.; SANTOS, C. A. J. P. Qualidade físico química de frutos de laranja ‘Valência’ provenientes de cultivos orgânicos e convencional. Citrus Research & Technology, v 32, n. 2, p. 103-108, 2011.
  • ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY. Official methods of analysis. Association of Official Analytical Chemists, Washington D.C., 1984. p. 844-845.
  • BENASSI, M. T.; ANTUNES, A. J. A. Comparison of meta-phosphoric and oxalic acids as extractant solutions for the determination of vitamin C in selected vegetables. Arquivos de Biologia e Tecnologia, Curitiba, v.31, n.4, p. 507-513, 1988.
  • BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Coordenação de Inspeção Vegetal. Serviço de Inspeção Vegetal. Instrução Normativa n. 1, de 7 de janeiro de 2000. Aprova o regulamento técnico geral para fixação dos padrões de identidade e qualidade para polpa de fruta. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 10 jan. 2000. Disponível em: <http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=7777>. Acesso em: 20 mai. 2018.
  • BRUNINI, M. A.; SAMECIMA JUNIOR, E. H.; OLIVEIRA, C. A. Qualidade de laranja Hamlin armazenada em diferentes temperaturas. Nucleus, v. 10: p. 307-32, 2013.
  • CEAGESP- Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo. Normas de Classificação de Citros de Mesa/ CEAGESP - São Paulo: CEAGESP, 2011. 12p.
  • CODEX ALIMENTARIUS. Standard for oranges: Codex Stan 245-2004. 1º Amendment. Rome: FAO e WHO, 2005. 6 p.
  • COELHO, Y. D. S. Diferenças entre os tipos de laranja. 2013. Editora Abril. Disponivel em <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quais-sao-as-diferencas-entre-os-tipos-de-laranja>. Acesso em: 11 Dezembro 2017.
  • DANIELI, F.; COSTA, L. R. L. G.; SILVA, L. C. Determinação de vitamina c em amostras de suco de laranja in natura e amostras comerciais de suco de laranja pasteurizados e envasado em embalagem Tetra Park. Revista do Instituto de Ciências da Saúde. v. 27, n.4, p.361-365, 2009.
  • IBGE, 2016. Produção Agrícola Municipal, 2016. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br. Acessado em 24 de Setembro de 2018.
  • INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008. 1020 p.
  • JAYAPRAKASHA, G. K.; PATIL, B. S. In vitro evaluation of the antioxidant activities in fruit extracts from citron and blood orange. Food Chemistry, v. 101, n. 1, p. 410-418, 2007.
  • KÖPPEN, W.; GEIGER, R. Klimate der Erde. Gotha: Verlag Justus Perthes. Wall-map 150cmx200cm, 1928.
  • LESTER, G. E.; MANTHEY, J. A.; BUSLIG, B. S. Organic vs conventionally grown Rio Red whole grapefruit and juice: Comparison of production inputs, market quality, consumer acceptance, and human health-bioactive compounds. Journal of Agricultural and Food Chemistry, Easton, v. 55, n. 11, p. 4474-4480, 2007.
  • LOZANO, R. D. “El color y su medición”, Ed. I Américalee S.R.L, Buenos Aires, 1978, 640 p.
  • MACHADO, T. V. Avaliação sensorial e físico-química do suco de laranja proveniente das etapas do processamento do suco concentrado e congelado. 2010. 117 f. Dissertação (Mestrado em Alimentos e Nutrição), Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, 2010.
  • MACHADO, T. V. Avaliação sensorial e físico-química do suco de laranja proveniente das etapas do processamento do suco concentrado e congelado. 2010. 117 f. Dissertação (Mestrado em Alimentos e Nutrição), Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, 2010.
  • OLIVEIRA, R. P. de; SCIVITTARO, W. B.; CASTRO, L. A. S. de; ROMBALDI, C. V.; MOURA, R.S.; SANTOS, V.X. Frutas cítricas sanguíneas e de polpa vermelha. 1. ed. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2012. v. 1. 32p.
  • OLIVEIRA, R. P. de; SCIVITTARO, W. B.; SCHRODER, E.C.; ESSWEIN, F.J. Produção orgânica de citros no Rio Grande do Sul. 1. ed. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2010. v. 1. 295p
  • OSORIO, R. M. L.; LIMA S. M. V.; SANT’ANNA R. L.; CASTRO A.M. G. Demandas tecnológicas da cadeia produtiva de laranja no Brasil. Latin American Journal of Business Management, v. 8, n. 2, p. 40-66, 2017.
  • PEREIRA, A. C. C de. Qualidade pós-colheita da laranja Pêra Rio comercializada nas centrais de abastecimento do estado de Goiás. 2014, 35 f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Agronomia) Uni-Anhanguera – Centro Universitário de Goiás, Goiás, 2014.
  • PEREIRA, M. E. C.; CANTILLANO, F. F.; GUTIEREZ, A. S. D.; ALMEIDA, G. V. B. Procedimentos Pós-Colheita na Produção Integrada de Citros. Cruz das Almas: Embrapa Tropical, 2006. 40p.
  • PETRY, H. B.; KOLLER, O. C.; BENDER, R. J.; SCHWARZ, S. F. Qualidade de laranjas 'Valência' produzidas sob sistemas de cultivo orgânico e convencional. Revista Brasileira de Fruticultura (Impresso), v. 34, p. 167-174, 2012.
  • ROUSSOS. P. A.; GASPARATOS. D. Apple tree growth and overall fruit quality under organic and conventional orchard management. Scientia Horticulturae, Amsterdam, v. 123, n. 2, p. 247-252, 2009
  • SARTORI, I. A.; KOLLER, O. C.; SCHWARZ, S. F.; BENDER, R. J.; SCHÄFER, G. Maturação de frutos de seis cultivares de laranjas doces na depressão central do Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 24, n. 2, p. 364-369, 2002.
  • SARTORI, I.A.; KOLLER, O.C.; SCHWARZ, S.F.; BENDER, R.J.; SCHÄFER, G. Maturação de frutos de seis cultivares de laranjas-doces na Depressão Central do Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.24, n.2, p.364-369, 2002.
  • SCHWARZ, S. F. Melhoramento genético e variedades. In: KOLLER, O. C. (Org.). Citricultura: 1. Laranja: Tecnologia de produção, pós-colheita, industrialização e comercialização. Porto Alegre: Cinco Continentes, 2006. p. 41-54.
  • SILVA, A. F. Qualidade de frutos da laranjeira ‘Mimo-do-céu’ (Citrus sinensis L. osbeck var. Mimo) oriundos de diferentes épocas de colheita. 2013, 60 f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Agronomia) Universidade Federal da Paraíba, Areias - PB, 2013.
  • SILVA, F. DE A. S. E.; AZEVEDO, C. A. V. DE. The Assistat Software Version 7.7 and its use in the analysis of experimental data. African Journal of Agricultural Research. Res, v.11, n.39, p.3733-3740, 2016.
  • SILVA, F. de A. S. e.; AZEVEDO, C. A. V. de. The Assistat Software Version 7.7 and its use in the analysis of experimental data. African Journal of Agricultural Research. Res, v.11, n.39, p.3733-3740, 2016.
  • SILVA, P. T.; FIALHO, E.; MIGUEL, M. A. L.; LOPES, M. L. M.; VALENTEMESQUITA, M. L. Estabilidade química, físico-química e microbiológica de suco de laranja cv. Pera submetido a diferentes condições de estocagem. Boletim CEPPA, v. 25, n. 2, p. 235-246, 2007.
  • UNCTAD - United Nations Conference on Trade and Development. Citrus fruit: quality. Disponível em: http://www.unctad.org/ infocomm/anglais/orange/quality.htm. Acessado em: abr. 2011.
  • Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Tabela brasileira de composição de alimentos - TACO. 4. ed. rev. e ampl. Campinas: UNICAMP/NEPA, 2011. 161 p. Disponível em: <http://www.unicamp.br/nepa/taco/tabela.php?ativo=tabela>. Acesso em: 20 mai. 2018.
  • VOLPE, C. A.; SCHÖFFEF, E. R.; BARBOSA, J. C. Influência da soma térmica e da chuva durante o desenvolvimento de laranjas 'Valência' e 'natal' na relação entre sólidos solúveis e acidez e no índice tecnológico do suco. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 24, n. 2, p. 436-441, 2002.

Informações do artigo

Histórico

  • Recebido: 25/04/2019
  • Publicado: 30/04/2019