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SCOPUS
B3
2017-2021
quadriênio
Meio Ambiente e Ciências Sociais | v. 7 n. 1 (2019)
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Publicado em setembro 23, 2019
O bioma caatinga de clima semiárido abriga a maior parte dos estabelecimentos rurais camponeses do país, entre tanto, esses dois elementos são comumente relacionados, o primeiro, a seu regime climático e sua vegetação adaptada, e o segundo, por sua baixa produtividade e alto índice de pobreza, gerando muitas vezes interpretações deterministas e causais em relação a esses fatores. A persistência deste quadro deve-se a carência de tecnologias produtivas, sociais, econômicas, ambientais e organizacionais apropriadas que possibilitem uma coexistência equilibrada entre a demanda por bens naturais e os ciclos e ritmos da natureza. Buscando compreender melhor este contexto, o presente artigo se propôs a mapear e discutir a produção acadêmica recente das ciências sociais voltada ao estudo da dimensão socioeconômica e ambiental dos estabelecimentos rurais camponeses no bioma caatinga de clima semiárido. A pesquisa se apoiou em procedimentos metodológicos qualitativos, como a análise documental e bibliográfica. Apresentaremos a pesquisa em cinco partes articuladas entre si, deste modo, a primeira parte dedicamos ao estudo do conceito de camponês no contexto da agricultura brasileira, em seguida, buscamos refletir sobre o processo de conceituação e caracterização do bioma caatinga de clima semiárido. Na terceira parte analisamos o quadro socioeconômico dos estabelecimentos rurais camponeses, na quarta parte, estudamos o cenário ambiental do bioma considerando seus desafios e oportunidades, e por último, condensamos algumas proposições para a coexistência viável dos estabelecimentos rurais camponeses com o bioma caatinga de clima semiárido.
DOI: https://doi.org/10.5281/zenodo.3457630