Viabilidade germinativa e condutividade elétrica em sementes de Amburana cearensis (Allemão) A.C Smith (Fabaceae)

Autores

  • Alexandro Dias Martins Vasconcelos UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
  • Fernando Paiva Scardua Universidade de Brasília
  • Rosana de Carvalho Cristo Martins Universidade de Brasília
  • Anderson Marcos de Souza Universidade de Brasília
  • Felipe Silva Amorim Universidade Federal do Piauí

Palavras-chave:

Qualidade fisiológica de sementes, Cumaru, Armazenamento de Sementes, Viabilidade da Germinação.

Resumo

A condutividade elétrica constitui um teste que proporciona rápida avaliação no que se refere qualidade e vigor germinativo das sementes. Para tanto, estudos com essa técnica ainda são pouco desenvolvidos com espécies da Caatinga. Objetivou-se nesta pesquisa verificar o vigor e a viabilidade das sementes armazenadas a mais de um ano de Amburana cearensis através dos testes de condutividade elétrica e de pH de exsudato qualitativo seguido do teste de germinação. O teste de condutividade elétrica consistiu na imersão das sementes em 70 mL de água destilada por 0 min (controle), 40 min, 80 min e 120 min, em delineamento inteiramente ao acaso, postas para germinar em câmara de germinação tipo B.O.D., durante 15 dias a 35ºC e fotoperíodo de 12h. Avaliou-se o teor de água, primeira contagem, porcentagem de germinação e índice de velocidade de germinação, peso, porcentagem de sementes duras e porcentagem de sementes mortas. Os resultados evidenciam baixo percentual germinativo das sementes em todos os tratamentos, que caracteriza perca de quase de 50% da viabilidade neste estudo. As condições de armazenamento em recipiente de vidro provoca o envelhecimento acelerado das sementes, ocasionando a redução na viabilidade das mesmas, diminuindo a porcentagem de germinação, indicando uma perda da qualidade fisiológica das sementes. Com relação ao teste de condutividade elétrica, pode-se observar que os tratamentos apresentaram diferença significativa. As sementes de Amburana cearensis apresentaram baixa viabilidade e o vigor germinativo após período superior a um ano de armazenamento.

 

DOI: https://doi.org/10.5281/zenodo.3524754

Biografia do Autor

Alexandro Dias Martins Vasconcelos, UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Doutorando em Ciências Florestais, Universidade de Brasília, Brasil

Fernando Paiva Scardua, Universidade de Brasília

2Doutor Desenvolvimento Sustentável, Professor da Universidade de Brasília, Brasil

Rosana de Carvalho Cristo Martins, Universidade de Brasília

Doutora em Ciência Florestal, Professora da Universidade de Brasília, Brasil.

Anderson Marcos de Souza, Universidade de Brasília

Doutor em Engenharia Florestal, Professor da Universidade de Brasília, Brasil.

Felipe Silva Amorim, Universidade Federal do Piauí

Mestre em Ciências Florestais, Professor Universidade Federal do Piauí, Brasil.

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Publicado

2019-11-01

Edição

Seção

Cotidiano e Meio Ambiente