Revista Brasileira de Meio Ambiente

Periódico de Acesso Aberto

CiteScore

0.4

Indexada na
SCOPUS

QUALIS

B3

2017-2021
quadriênio

Idioma

Revista Brasileira de Meio Ambiente

e-ISSN: 2595-4431


Resumo

DOI

Recifes de coral são ambientes reconhecidamente importantes do ponto de vista ecológico, visto que os mesmos costumam abrigar uma grande diversidade biológica. Uma das práticas turísticas bastante comuns nos recifes costeiros de águas rasas da praia de porto de Galinha é a visitação aos topos recifais, que muitas vezes, ficam completamente imersos durante as marés baixas de sizígia, formando verdadeiras piscinas naturais. Como consequência, os organismos bentônicos, presentes nessas áreas, são pisoteados. Esse presente trabalho teve como objetivo avaliar a condição ambiental dos recifes de arenito da praia de Porto de Galinhas, através do estudo da distribuição da macrofauna quanto à abundância relativa e a frequência de ocorrência. O estudo obteve licença do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Nas três piscinas da área de preservação foram coletadas amostras para análise granulométrica e identificação da composição da macrofauna nas marés de sizígia em novembro de 2018 (período estiagem) e maio de 2019 (período chuvoso). O material coletado foi levado ao Laboratório de Geologia e Sedimentol para triagem. As amostras de sedimentos caracterizam como granulometria grossa a muito grossa, com classificação de moderadamente selecionada a bem selecionada. A fauna esteve composta por 10 táxons para macrofauna, totalizando 266 no mês de novembro e 358 no mês de maio. Os grupos dominantes para os períodos de estudos foram: Polychaeta, Nematoda, Oligochaeta. Sendo o grupo dos Polychaeta como o mais abundante para as duas campanhas o que pode estar relacionado a granulometria encontrada para as piscinas de Porto de Galinhas.

Referências

  • Alves, E. D. S., & Pezzuto, P. R. (2009). Effect of cold fronts on the benthic macrofauna of exposed sandy beaches with contrasting morphodynamics. Brazilian Journal of Oceanography, 57, 73-94.
  • Amaral, A. C. Z., Denadai, M. R., Turra, A., & Rizzo, A. E. (2003). Intertidal macrofauna in Brazilian subtropical tide-dominated sandy beaches. Journal of Coastal Research, 446-455.
  • Barradas, J. I., Amaral, F. D., Hernández, M. I. M., Montes, M. D. J. F., & Steiner, A. Q. (2010). Spatial distribution of benthic macroorganisms on reef flats at Porto de Galinhas Beach (northeastern Brazil), with special focus on corals and calcified hydroids. Biotemas, 23(2), 61-67.
  • Barros, F., Costa, P. C., Cruz, I., Mariano, D. L., & Miranda, R. J. (2012). Habitats Bentônicos na Baía de Todos os Santos. Revista Virtual de Química. 4(5), 551-565.
  • Bodin, P. (1977). Les peuplements de Copépodes Harpacticoïdes (Crustacea) des sédiments meubles de la zone intertidale des côtes Charentaises (Atlantique). Mém. Mus. Hist. Nat., Paris, v. 104, 1-120.
  • Braga, C. F., Silva, R. F., Rosa-Filho, J. S., & Beasley, C. R. (2013). Spatio-temporal changes in macroinfaunal assemblages of tropical saltmarshes, northern Brazil. Pan-American Journal of Aquatic Sciences, 8(4), 28-298.
  • Brigante, J., Dornfeld, C., Novelli, A., & Morraye, M. (2003). Comunidade de macroinvertebrados bentônicos no rio Mogi-Guaçu. In: J. BRIGANTE and ELG ESPÍNDOLA. Limnologia fluvial: um estudo no rio Mogi-Guaçu. São Carlos: Rima, 181-187.
  • Callisto, M., Moretti, M., & Goulart, M. (2001). Macroinvertebrados bentônicos como ferramenta para avaliar a saúde de riachos. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, 6(1), 71-82.
  • Castro, C. B., & Pires, D. O. (2001). Brazilian coral reefs: what we already know and what is still missing. Bulletin of Marine Science, 69(2), 357-371.
  • Chandrasekara, W. U., & Frid, C. L. J. (1996). Effects of human trampling on tidalflat infauna. Aquatic Conservation: Marine and Freshwater Ecosystems, 6(4), 299-311.
  • Conde, A., Calvário, J., Sprung, M., Novais, J. M., & Domínguez, J. (2013). Converse effect of flooding on intertidal macrobenthic assemblages in the Guadiana estuary. Journal of the Marine Biological Association of the United Kingdom, 93(6), 1431-1440.
  • Costa, R. J., & de Miranda, G. E. C. (2016). Caracterização da atividade turística/lazer do Parque Estadual Marinho de Areia Vermelha (CABEDELO/PB). Revista de Estudos Ambientais, 18(1), 57-65.
  • CPRH. (2001). Diagnóstico sócio-ambiental do litoral sul de Pernambuco. Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Recife, Brasil, 122p.
  • Dajoz, R. (1973). Ecologia Geral. Petrópolis, Vozes; São Paulo, EDUSP, 474p.
  • Dexter, D. M. (1984). Temporal and spatial variability in the community structure of the fauna of four sandy beaches in south-eastern New South Wales. Marine and Freshwater Research, 35(6), 663-672.
  • Elmgren, R. (1976). Baltic benthos communities and the role of the meiofauna. Tese de Doutorado. Stockholm University.
  • GIERE, O. (1993). Meiobenthology: The microscopic fauna in aquatic sediments. Berlin: Springer Verlag, 327p.
  • Giménez Casalduero, F. (2001). Biondicators. Tools for the impact assessment of aquaculture activities on the marine communities. Cahiers Options Méditerranéennes (CIHEAM).
  • Goodsell, P. J., Underwood, A. J., & Chapman, M. G. (2009). Evidence necessary for taxa to be reliable indicators of environmental conditions or impacts. Marine Pollution Bulletin, 58(3), 323-331.
  • Halpern, B. S., Selkoe, K. A., Micheli, F., & Kappel, C. V. (2007). Evaluating and ranking the vulnerability of global marine ecosystems to anthropogenic threats. Conservation biology, 21(5), 1301-1315.
  • Hasan, K., & Melek, Z. (2011). An application of different biotic and diversity indices for assessing water quality: A case study in the Rivers Ç ukurca and Isparta (Turkey). African Journal of Agricultural Research, 6(1), 19-27.
  • Keough, M. J., & Quinn, G. P. (1991). Causality and the choice of measurements for detecting human impacts in marine environments. Marine and Freshwater Research, 42(5), 539-554.
  • Lana, P. D. C., Camargo, M. D., Brogim, R. A., & Isaac, V. J. (1996). O bentos da costa brasileira: avaliação crítica e levantamento bibliográfico (1858-1996). FEMAR, Rio de Janeiro.
  • Lee, R. F., Walker, A., & Reish, D. J. (2005). Characterization of lipovitellin in eggs of the polychaete Neanthes arenaceodentata. Comparative Biochemistry and Physiology Part B: Biochemistry and Molecular Biology, 140(3), 381-386.
  • Ludwig, J. A., Reynolds, J. F., Quartet, L., & Reynolds, J. F. (1988). Statistical ecology: a primer in methods and computing (Vol. 1). John Wiley & Sons.
  • Minasi, D. Composição e variabilidade espaço-temporal da macrofauna bentônica da Praia dos Concheiros, extremo sul do Brasil. (2013). Monografia, Universidade Federal do Rio Grande, Brasil.
  • Mora, C.; Frazier, A. G.; Tong, E. J.; Longman, R. J.; Kaiser, L. R.; Dacks, R. S.; Walton, M. M.; Fernandez-Silva, I.; Stender, Y. O.; Anderson, J. M.; Sanchez, J. J.; Ambrosino, C. M.; Giuseffi, L. M.; Giambelluca, T. W. (2013). The projected timing of climate departure from recent variability. Nature, 502(7470), 183-187.
  • Nybakken, J. W. (1997). Marine biology: an ecological approach.
  • Palumbi, S. R., Barshis, D. J., Traylor-Knowles, N., & Bay, R. A. (2014). Mechanisms of reef coral resistance to future climate change. Science, 344(6186), 895-898.
  • Queiroz, J. F., Trivinho-Strixino, S., & Nascimento, V. D. C. (2000). Organismos bentônicos bioindicadores da qualidade das águas da Bacia do Médio São Francisco. Embrapa Meio Ambiente.
  • Rebouças, L. D. O. S., Gomes, R. B., Da Silva, E. J., & Martins, I. X. (2017). Variação espaço-temporal da malacofauna de uma praia do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil. Acta of Fisheries and Aquatic Resources, 5(2), 29-37.
  • Reyes-Martínez, M. J., Ruíz-Delgado, M. C., Sánchez-Moyano, J. E., & García-García, F. J. (2015). Response of intertidal sandy-beach macrofauna to human trampling: An urban vs. natural beach system approach. Marine environmental research, 103, 36-45.
  • Roberts, C. M.; Mcclean, C. J.; Veron, J. E. N.; Hawkins, J. P.; Allen, G. R.; Mcallister, D. E.; Mittermeier, C. G.; Schueler, F. W.; Spalding, M.; Wells, F.; Vynne, C. V., & Werner, T. B. (2002). Marine biodiversity hotspots and conservation priorities for tropical reefs. Science, 295(5558), 1280-1284.
  • Rosenberg, D.M. & Resh, V.H. (1993). Freshwater biomonitoring and benthic macroinvertebrates. New York: Chapman & Hall, 488 p
  • Silva, P. D. S. R. D. Estrutura e dinâmica da associação macrozoobentônica da zona entremarés em dois locais sob distintas condições ambientais, praia do Cassino (RS, Brasil). (2006). Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande.
  • Silva, E. G. Padrões de diversidade e distribuição espacial da macrofauna bentónica e bioclasto da plataforma continental do litoral sul de Pernambuco, Brasil. (2018). Tese de Doutorado, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil.
  • Silva, M. R. D. O. Percepção ambiental e turismo sustentável: análise dos impactos da atividade turística em zonas costeiras da grande João Pessoa PB. (2014). Dissertação de Mestrado, Universidade Federal Da Paraíba.
  • Souza, I. M. M. Avaliação da cobertura e monitoramento do branqueamento de corais nos recifes de Maracajaú, RN. (2013). Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, 2013.
  • Suguio, K. Introdução à sedimentologia. (1973). Edgard Ltda. São Paulo. 318p.
  • Toldo Jr., E. E. Sedimentologia. (1998). Inst. Geociências, Depto. de Mineralogia e Petrologia, UFRS, 20-24. 52p.
  • Vieira, J. V; Borzone, C. A; Lorenzi, L; Grecco, F. C. (2012). Human impact on the benthic macrofauna of two beach environments with different morphodynamic characteristics in southern Brazil. Brazilian Journal of Oceanography, v. 60, p. 137-150.
  • Villaça, R. Recifes Biológicos. (2002). In: Biologia Marinha. R.C. Pereira & A. SoaresGomes (Org.). Rio de Janeiro: Editora Interciência.
  • Villora-Moreno, S. (1997). Environmental heterogeneity and the biodiversity of interstitial polychaeta. Bulletin of Marine Science, 60(2), 494-501.
  • Villora-Moreno, S., Capaccioni-Azzati, R., & Garcia-Carrascosa, A. M. (1991). Meiobenthos of sandy beaches from the Gulf of Valencia (Western Mediterranean): ecology of interstitial polychaetes. Bulletin of Marine Science, 48(2), 376-385.
  • Westheide, W. (1972). La faune des Polychetes et des Archiannelides dans les plages a Ressac de la cote mediterraneenne de la Tunisie. Bulletin Institut National des Sciences et Technologie de la mer, 2(3), p. 449-468.
  • Wilkinson, C. (2008). Status of coral reefs of the world: 2008. Global Coral Reef Monitoring Network and Reef and Rainforest Research Centre, Townsville, Australia, 296 p.
  • Zar, J. H. (1996). Biological Analysis. New Jersey, Prentice-Hall,718p

Informações do artigo

Histórico

  • Recebido: 22/10/2022
  • Publicado: 01/02/2023