Geoquímica de Luvissolo sob diferentes sistemas de manejo no Semiárido brasileiro
Palavras-chave:
Desertificação, Semiárido, Agroecossistemas.Resumo
A atividade agropecuária intensiva no Semiárido brasileiro (SAB) tem causado a degradação das propriedades químicas do solo. A pesquisa objetivou avaliar os efeitos das práticas de manejo utilizadas em agroecossistemas no SAB sobre a constituição geoquímica de Luvissolo Crômico. Foram realizadas coletas de solo na camada de 0-10 cm em três agroecossistemas familiares, sob Luvissolo Crômico, localizados no município de Queimadas, Paraíba, Brasil. Os sistemas de cultivo avaliados foram: Caatinga sob pastejo (CP), silviagrícola (SS) e monocultivo (SM). A análise geoquímica foi realizada por meio de espectrometria de fluorescência de raios X por dispersão de energia (EDXRF) e quantificados os percentuais de SiO2, Al2O3, Fe2O3, MgO, CaO, TiO2, K2O, SO3, MnO, P2O5, ClO, Cr2O3, V2O5, CeO2. A melhor condição geoquímica do solo foi observada no SS, com maiores valores de MgO, CaO, TiO2, K2O, SO3 e P2O5, e menor deAl2O3. A CP apresentou valores intermediários, enquanto o SM apresentou exaurimento do solo, com os menores valores de elementos essenciais às plantas. A análise geoquímica é uma ferramenta viável para o monitoramento da degradação química do solo sob diferentes manejos. A prática do monocultivo acarreta em exaurimento de nutrientes essenciais às plantas, assim, sistemas de manejo que integram diferentes espécies de plantas ou plantas e animais são preferíveis às condições do SAB.
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